FLORES DE ESCAMA DE PEIXE Da pesca artesanal praticada nos Açores remanescem as escamas do mais variado peixe (cherne, veja, tainha, abrótea, goraz, garoupa, sargo, boca-negra, mero, juliana, bodião…), que começaram a ser utilizadas pelas mulheres açorianas no domínio artístico popular, com maior incidência a partir do século XVIII. Das escamas de peixe, na sua cor natural ou tingidas, enriquecidas com canutilho de prata, criam-se flores que emergem em inúmeros trabalhos, onde os artesãos açorianos dão expressão ao seu sentido estético e criativo e à sua habilidade manual, como ramos de flores, quadros e redomas decorativas, registos de santos, e mais recentemente, acessórios de vestuário e adorno. Para fruição pessoal ou no âmbito do artesanato regional açoriano, os trabalhos em escama de peixe constituem património cultural material e imaterial e integram a história social, económica e cultural dos Açores.
Cerâmica